A violência obstétrica, embora muitas vezes silenciada, tem ganhado destaque com a divulgação de casos que evidenciam sua ocorrência. O caso da influenciadora digital Shantal Verdelho reacendeu o debate sobre a importância de proteger os direitos das mulheres durante a gestação e parto.
O que é Violência Obstétrica?
A violência obstétrica engloba qualquer ato prejudicial praticado contra a mulher durante seu período pré, pós e durante a gestação. No Brasil, a ausência de leis federais específicas que definem claramente esse termo não diminui sua gravidade ou relevância.
Impactos da Violência Obstétrica
Os atos de violência obstétrica têm consequências profundas, afetando a saúde física e emocional da mulher, bem como a de seu bebê e de sua família. Além disso, tais atitudes podem prejudicar a reputação e carreira do profissional envolvido e da instituição onde ocorre.
Como Evitar a Violência Obstétrica?
- Escolha da Via de Parto: É essencial que a mulher tenha autonomia e conhecimento para decidir sobre a melhor forma de dar à luz, seja parto normal, cesárea ou outra opção.
- Taxa de Disponibilidade: A transparência na cobrança de taxas é crucial. A paciente deve ser informada desde o início do acompanhamento pré-natal sobre quaisquer custos adicionais.
- Acompanhantes no Parto: A mulher deve ter o direito de escolher quem a acompanhará durante o parto, sejam eles parceiros, familiares, doulas ou outros profissionais.
- Plano de Parto: O plano de parto é uma ferramenta vital para garantir que as vontades da gestante sejam respeitadas, prevendo procedimentos e intervenções.
- Documentação Adequada: Todos os acordos e discussões devem ser documentados, incluindo contratos, termos de consentimento e prontuários médicos, garantindo transparência e proteção para ambas as partes.
- Comunicação e Respeito: Uma comunicação clara e respeitosa entre o profissional e a gestante é fundamental. A mulher deve se sentir ouvida, respeitada e compreendida.
- Educação e Treinamento: Profissionais de saúde devem ser treinados e atualizados sobre as melhores práticas em obstetrícia e direitos das pacientes.
Conclusão
Evitar a violência obstétrica requer uma combinação de respeito, comunicação, educação e documentação. O respeito aos direitos reprodutivos das mulheres é fundamental para garantir que elas recebam o cuidado e a dignidade que merecem durante um dos momentos mais importantes de suas vidas. A responsabilidade recai sobre os profissionais de saúde, as instituições e a sociedade como um todo para garantir que a violência obstétrica seja erradicada.